a partir do momento que iniciou o movimento dos ponteiros, a sua progressão, em direcção ao ponto inicial para fecho do ciclo, desenhou a trajectória de um dos cinco pontos do seu percurso
0 ----» 15 ----» 30 ----» 45 ----» 60 (0)
o primeiro troço, ainda trôpego e inconsciente, acordou no seu sentido descendente do terreno -facilitado pelo declive, pelas leis gravitacionais que regulam os movimentos descendentes, ainda ligeiro de carga vital - mas ascendente e progressivo em relação à meta.
após a primeira paragem (15), a retoma da marcha que marca o segundo troço, sente-se igualmente ligeira ainda que plena de percalços vários e de naturezas e dificuldades diversas, pelo cúmulo de energias ainda conservadas.
Findo o segundo (30), o cansaço no descanso é maior, como mais profundas e fundamentais são as pausas que impõem a reflexão sobre o sentido das escolhas e percursos havidos.
pode ser tempo de aligeirar a trouxa do passado histórico que pesa e não nos podemos desfazer dessa ambígua relação que a ele nos prende, que se nos cola na pele e na consciência.
ou pode ser hora de recolher todas as peças esparsas, de as unir e de retomar o nosso espelho fragmetário.
ou é o momento de tudo largar. ou de tudo ignorar por ser tempo de retomar o direito divino de ser feliz.
a partir do terceiro, o declive é ascendente na aparência e descendente na proporção inversa das forças. o riscode o abandonar acresce com a dificuldade de carga suportável e a sustentabilidade fragilizada se persistente nas escolhas transportadas ou sustentável se aligeirados corpo e consciência do fardo acuumulado.
renovam-se as reflexões na paragem do quarto troço que nos conduz à meta.
sigo os ponteiros do relógio ou avario a máquina?
abula-se o tempo.