sileno, a sábia sombra ébria de dionisos, amparava a sua idade e consciência no odre que sempre transportava consigo.
a festa fazia-a consigo vagando com o seu passado transmutado em bebedeiras de futuro no passado.
entendeu a sua sabedoria repousar a consciência libertando-a das grilhetas do presente embebendo-a no néctar divino.
entendeu ser imutável o passado e vã a tentativa de o reviver.
saboreou-a na dormência dos tropegos sentidos da idade e da inconsciência embebida e tragou-a como se de um presente se tratasse.
sileno ébrio, sileno idoso optou pela inconsciência e pela valoração do sentir do momento, escudando-se e escudando o seu eterno companheiro.